Abstract

OBJETIVOS: comparar as respostas de fonoaudiólogas e não-fonoaudiólogas a respeito da própria voz e caracterizar a diferença das mesmas. MÉTODO: participaram da pesquisa 200 sujeitos do sexo feminino, sendo 100 fonoaudiólogas e 100 não-fonoaudiólogas, com média de idade de 35 anos. A faixa de tempo de atuação profissional das fonoaudiólogas foi predominantemente 0 a 3 anos (32%). A maior parte delas atuava na área de voz (55%) ou motricidade oral (45%). As não-fonoaudiólogas tinham variadas profissões, tais como professoras, médicas, advogadas, entre outras. Não foi feito nenhum controle quanto ao uso profissional da voz. As participantes do estudo realizaram uma auto-avaliação vocal utilizando uma escala de 5 pontos: excelente, muito boa, boa, razoável e ruim. Também indicaram atributos vocais positivos e negativos por meio de um protocolo desenvolvido por Behlau & Pontes (1995) baseado nos Termos Descritivos Para a Voz (Boone, 1991). RESULTADOS: fonoaudiólogas e não-fonoaudiólogas apresentaram respostas diferentes quando auto-avaliaram suas vozes havendo uma maior ocorrência de voz "muito boa" para fonoaudiólogas (28%, p=0,041). Fonoaudiólogas selecionaram mais verbetes positivos que não-fonoaudiólogas (53,6%, 46,4% respectivamente). A característica positiva de voz "adequada" foi a mais selecionada por fonoaudiólogas (31%, p=0,001) e o verbete negativo de voz "alta" foi o mais selecionado por não-fonoaudiólogas (34%, p=0,001). CONCLUSÃO: fonoaudiólogas auto-avaliaram suas vozes de modo diferente que não-fonoaudiólogas, principalmente na categorização de voz "muito boa". Enquanto a característica de voz "adequada" foi o único qualificador positivo de maior ocorrência para fonoaudiólogas, voz "alta" foi o único qualificador negativo para não-fonoaudiólogas.

Highlights

  • Purpose: to compare speech-language pathologists and non speech-language pathologists’ responses concerning the evaluation of their own voices and to verify if speech-language pathologists have a different self-perception from the others

  • The average time of university degree for the speech-language pathologists were mainly from 0 to 3 years (32%), most of them acting in the area of voice (55%) and oral motricity (45%)

  • There was no control on the professional use of voice

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Summary

Introduction

Resultados: fonoaudiólogas e não-fonoaudiólogas apresentaram respostas diferentes quando auto-avaliaram suas vozes havendo uma maior ocorrência de voz “muito boa” para fonoaudiólogas (28%, p=0,041). Em seguida receberam um protocolo desenvolvido por Behlau & Pontes (1995) baseado nos “Termos Descritivos Para a Voz” – Boone, 1991 (Figura 1) no qual foram orientadas a escolher dez verbetes que mais se relacionavam com a sua voz e classificar esses dez verbetes em atributos considerados positivos ou negativos, de acordo com sua avaliação pessoal.

Results
Conclusion

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