Abstract

Introdução: No decorrer do período fértil, aproximadamente mais de um milhão de mulheres apresentam um episódio de doença inflamatória pélvica aguda e mais de 100.000 mulheres desenvolvem a infertilidade como consequência desta. A dismenorreia primária é um fenômeno fisiológico doloroso, espasmódico, descrito como cólicas na parte inferior do abdome, pouco antes e/ou durante o período menstrual. Dentre as práticas não farmacológicas, as técnicas da terapia manual, apresentam efeitos significativos no tratamento da dismenorreia primária. Este estudo tem como objetivo reunir evidências científicas a fim de identificar os possíveis impactos da Terapia Manual no tratamento da dismenorreia primária. Materiais e Métodos: Revisão Sistemática de Literatura incluindo ensaios clínicos controlados randomizados das Bases de Dados LILACS, PubMed, PEDro, Bireme e Cochrane. Resultados: Foram encontrados 55 artigos, dos quais 3 corresponderam aos critérios de inclusão. As variáveis de interesse do estudo foram: intensidade da dor, duração da dor, nível de ansiedade, percepção de dor na região lombar, limiar de dor a pressão, níveis de adrenalina, noradrenalina, serotonina, dopamina e descompressão da articulação sacrilíaca. Conclusão: Esta pesquisa sugere que a terapia manual atua de maneira benéfica no tratamento da dismenorreia primária, apresentando melhora em todas as variáveis estudadas.

Highlights

  • É relevante compreender que em alguma fase da vida todas as mulheres são afetadas por uma condição ou infecção ginecológica[1]

  • É importante que estudos com boa qualidade metodológica sejam realizados para que as demais técnicas que integram a terapia manual possam ser largamente utilizadas na prática clínica

  • Examination of motor and hypoalgesic effects of cervical vs thoracic spine manipulation in patients with lateral epicondylalgia: A clinical trial

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Summary

MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo trata-se de uma revisão sistemática de literatura que analisou artigos sobre os efeitos da Terapia Manual na Dismenorreia Primária. Ao contrapor 02 (dois) grupos CUBERO, et al, (2014) descreveram em seu estudo que a técnica bilateral de manipulação pélvica global parece exercer a curto prazo melhora da dor pélvica e lombar nas mulheres com dismenorreia primária, descrevendo aumento no índice dos níveis de serotonina no sangue, na redução do limiar da dor a pressão em articulações sacro ilíacas e diminuição da auto percepção de dor. A avaliação do limiar da dor a pressão em articulações sacro ilíacas foi incluída como uma nova medida de resultado que anteriormente não havia sido avaliada na dismenorreia primária. Embora esta revisão expresse que a terapia manual possui um papel importante no tratamento da dismenorreia primária e, por consequência, no bem-estar das mulheres, os resultados não são plenamente confiáveis, pois todos os estudos incluídos avaliaram os efeitos a curto prazo[9,10,11]. É importante que estudos com boa qualidade metodológica sejam realizados para que as demais técnicas que integram a terapia manual possam ser largamente utilizadas na prática clínica

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