Abstract
O esforço deste artigo é delimitar, através de três conjuntos distintos de reflexões, qual seria o estatuto da "temática" e do "conceito" de gênero hoje no contexto acadêmico-universitário brasileiro. Os três conjuntos de reflexões referem-se: 1) a uma colocação em perspectiva do atual estado da arte dos estudos de gênero e feministas na reflexão acadêmica no Brasil; 2) à conseqüente tentativa de explicitação e delimitação teórico-conceitual desses estudos, incluindo nesse âmbito a sua visada, não mais como conceito, ferramenta ou construto analítico, mas como campo novo nas ciências humanas e sociais e mesmo um novo campo epistêmico das ciências; e 3) a discutir implicações e conseqüências que tal iniciativa teria para as ciências, repercutindo algumas contribuições em uma epistemologia propriamente feminista, bem como postular uma ciência com caráter multicultural e emancipatório.
Highlights
Universidade Federal de Minas GeraisTeorias de gênero ou teorias e gênero? Se e como os estudos de gênero e feministas se transformaram em um campo novo para as ciências
Sões de gênero – a RedeFem (Rede Brasileira de Estudos e Pesquisas Feministas) e o NEPEM (Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher) da UFMG – as perguntas e inquietações têm me sido cada vez mais demandadas
Gender Theories or Theories and Gender? If and how Feminist Gender Studies became a New Science Field Abstract: This article seeks to define what would be the order of gender studies within the Brazilian academic setting today
Summary
Teorias de gênero ou teorias e gênero? Se e como os estudos de gênero e feministas se transformaram em um campo novo para as ciências. Resumo: O esforço deste artigo é delimitar, através de três conjuntos distintos de reflexões, qual seria o estatuto da “temática” e do “conceito” de gênero hoje no contexto acadêmicouniversitário brasileiro. O artigo se organiza, então, com as seguintes partes: no primeiro tópico tematizo a passagem para a adoção do “conceito” de gênero no âmbito do desenvolvimento dos estudos de mulheres e feministas; no segundo proponho que se passe a pensar gênero como campo científico – o campo de gênero e feminista – que opera a partir de uma outra versão/re-significação de universal que seria, por sua vez, reposto numa chave histórica e contingente; no ponto três o leitor encontra breve discussão sobre o conhecimento fundamentado historicamente no racionalismo cartesiano-
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