Abstract

O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade de sistemas de manejo do solo alterarem os teores e a dinâmica do carbono no solo. Foram avaliados a vegetação natural e sistemas de manejo compostos de pastagens, lavouras anuais em preparo convencional e em plantio direto, e rotação de pastagem com lavoura, em experimentos de longa duração conduzidos em Dourados, Maracaju e Campo Grande, MS. Os experimentos foram dispostos em delineamento inteiramente casualizado, em Dourados e Maracaju, e em blocos ao acaso em Campo Grande. Foram determinados os teores e os estoques de C total no solo e em frações granulométricas da matéria orgânica do solo (MOS). A qualidade da MOS foi estimada pela relação entre o C nas frações lábil e não lábil, e expressa na forma de labilidade. A pastagem, permanente ou em rotação com lavouras, aumentou o C na fração particulada e a labilidade da MOS. As menores taxas de acúmulo e os menores estoques de C no solo foram observados nos sistemas apenas com lavouras anuais, enquanto os maiores valores foram registrados nos sistemas com pastagens.

Highlights

  • A manutenção dos resíduos vegetais sobre a superfície do solo e a redução em seu revolvimento são apontados como meios para aumentar o armazenamento de carbono no solo

  • Sistemas de preparo convencional com revolvimento do solo por gradagem apresentam decréscimo expressivo nos estoques de matéria orgânica do solo (MOS), em comparação ao plantio direto (PD) (Leite et al, 2010; Teixeira et al, 2010)

  • Em sistemas de integração lavoura‐pecuária, a forma de manejo das pastagens e a lotação animal, por resultarem em diferentes quantidades de massa de forragem e nutrientes reciclados, podem aportar diferentes quantidades de C ao solo (Nicoloso et al, 2006; Lopes et al, 2008, Souza et al, 2008; Carvalho et al, 2010)

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Summary

Material e Métodos

As avaliações foram realizadas em experimentos de campo, com 9 e 11 anos de duração, em sistemas de manejo com histórico conhecido, em Dourados, Campo Grande e Maracaju, MS. A determinação dos teores de carbono foi realizada por combustão seca, e a quantificação do CO2 liberado, em sensor de infravermelho do analisador Shimadzu, modelo TOC‐VCPN com SSM‐5000A (Shimadzu do Brasil, São Paulo, SP), com uso de amostras de aproximadamente 0,5 g maceradas em almofariz de ágata até passar em peneira com abertura de 0,25 mm. O teor de C nas frações da MOS foi obtido a partir do fracionamento físico granulométrico, de acordo com o método descrito por Cambardella & Elliott (1993); este protocolo foi empregado na análise de amostras das três localidades. O fracionamento da MOS consistiu na extração de uma subamostra, que foi seca ao ar e moída com rolo até passar em peneira com abertura de 2 mm; foram excluídos materiais vegetais grosseiros, como pedaços de hastes, talos e parte superior de raízes (touceiras). O tratamento dos dados foi realizado com os programas Excel e Sigmaplot

Resultados e Discussão
Vegetação natural Uso anterior ao experimento
Campo Grande Embrapa Gado de Corte
Campo Grande
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