Abstract

A dengue é uma doença infecciosa emergente, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, particularmente Ae. aegypti e Ae. albopictus. O clima tropical, vasta extensão territorial e grande fluxo de pessoas no Brasil são fatores que propicia expressivas epidemias do vírus dengue (DENV). Neste contexto, a pesquisa objetivou analisar a distribuição espaço-temporal da tendência dos números de casos de dengue no estado de Pernambuco. A base de dados foi composta pelos registros epidemiológicos semanais sobre os casos de dengue de 2000 a 2018, disponibilizado através da Secretaria de Informação e Comunicação (SIC). A distribuição espacial da tendência dos quadros clínicos de dengue demonstrou concentração elevada no litoral do estado, com maior frequência de casos na Mesorregião Metropolitana do Recife (100%), seguida pela Mata Pernambucana (71,42%), Agreste Pernambucano (60,56%), São Francisco Pernambucano (60,0%) e Sertão Pernambucano (36,58%). A espacialização da tendência permitiu delinear o cenário epidemiológico dos números de casos dengue, constituindo numa ferramenta capaz de nortear planejamentos estratégicos no controle epidêmico em Pernambuco a fim de reduzir o crescimento desenfreado da doença.

Highlights

  • O conjunto de informações utilizadas para o desenvolvimento do trabalho remetem ao número de casos de dengue semanais no estado de Pernambuco, disponibilizados pela Secretaria de Informação e Comunicação (SIC), no período de janeiro 2000 a dezembro de 2018, compreendendo os 185 municípios do estado

  • The research aimed to analyze the space-temporal distribution of the trend of the numbers of dengue cases in Pernambuco state

  • The database was composed by weeklys epidemiological records about the dengue cases from 2000 to 2018, made available through the Information and Communication Secretariat (SIC)

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Summary

Introdução

No Brasil, especificamente no estado de Pernambuco, foram notificados, em 2015, o maior número de casos de dengue na história, ou seja cerca de 102.721 casos, 26 casos graves, 74 casos com sinal de alarme, resultando em 23 óbitos. O mosquito do Aedes aegypti desenvolve-se melhor em países tropicais e subtropicais, além disso, encontra-se ativo durante o dia, e seus ovos são resistentes e sobrevivem por vários meses na ausência de água (Farnesi et al, 2019). Essas arboviroses são transmitidas por diferentes espécies de mosquitos, destacando-se o Aedes aegypti, principal vetor de doenças graves, a citar: dengue, febre amarela, Zika Vírus e Chikungunya (Kraemer et al, 2019). Os resultados obtidos podem ser utilizados pelo governo do estado para elaborar estratégias e mitigar o número de casos e mortes para região em estudo

Metodologia
Resultados e Discussão
Findings
Considerações Finais

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