Abstract

Este estudo discute o tempo mediante o lugar e objeto nos museus de ciência e técnica, apresentando diferentes abordagens teóricas a partir de uma perspectiva física e social. Este aporte subsidia a análise de discursos do público espontâneo do Museu de Artes e Ofícios, que expõe objetos históricos relacionados ao universo do trabalho, técnicas e ofícios do período pré-industrial brasileiro. Os discursos analisados mediante a metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo tiveram como ponto de partida as categorias monocultura do tempo linear e a ecologia das temporalidades, baseadas na crítica da razão metonímica. As ideias centrais destacam a produção industrial na configuração do tempo linear, com perda da criatividade e identidade com o objeto produzido, bem como, a padronização refletida no modo de vida, o que confere a emergência de um conflito dialético no qual se busca conjugar diferentes ritmos temporais.

Highlights

  • O museu, segundo Van-Praët e Poucet (1993), tem como especificidade a articulação dos elementos lugar, objeto e tempo, que deve ser observada nas diferentes formas de apresentar a informação

  • Esse movimento origina demandas educativas para o museu que refletem e refratam na perspectiva de Bakhtin (1986), em sua concepção de se expor ao olhar de muitos, e faz com que os profissionais de museu repensem seu caráter social e as formas de organizarem as exposições, assim surgem os setores e programas educativos voltados para o público em geral

  • Desta forma, a partir da análise dos discursos, foi possível construir quatro ideias-centrais: (i) o modo de produção altera a relação com o objeto produzido; (ii) a vida hoje é padronizada, você já sabe tudo que vai acontecer no seu dia; (iii) o tempo acelerado leva à busca por um ritmo de vida mais lento; (iv) hoje é tudo muito rápido, se faz no aqui e agora, mas só tá pensando no depois

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Summary

Introduction

O museu, segundo Van-Praët e Poucet (1993), tem como especificidade a articulação dos elementos lugar, objeto e tempo, que deve ser observada nas diferentes formas de apresentar a informação. Uma dessas formas é denominada exposição, bem como, sua lógica de articular lugar, tempo e objeto – que caracteriza, historicamente, o tipo de museu ao qual estamos nos referindo.

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