Abstract

O artigo estabelece uma leitura comparativa dos poemas Espelho do guarda-roupa, de Ferreira Gullar, e O Cristo, de Manuel Alegre, focando-se no trinômio tempo, memória e trauma. O problema abordado é a crise do “dizer-cantar”, a memória traumática com seu tempo “anômalo”. Em ambos os poemas, a linguagem poética busca em sua constituição formal mecanismos para lidar com a dificuldade de representação do “real”, assim, diante da impossibilidade do “dizer” e da demanda traumática de rememorar, demonstramos que, nestas obras, o enfrentamento da crise apresenta-se como a sua transposição e transfiguração estética no interior do próprio poema. A fundamentação teórica e crítica concentra-se em estudos de Márcio Seligmann-Silva, Giorgio Agamben, Ecléa Bosi e Hugo Friedrich.

Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call