Abstract

Este artigo analisa a temporalização observada no campo editorial brasileiro a partir do surgimento da Companhia das Letras no final dos anos 80, interpretando seu prestígio e distinção culturais ao longo de três eixos de oposições. Em primeiro lugar face às editoras economicamente dominantes, como Record e Ediouro; em segundo, frente a um grupo de novas editoras buscando seu lugar no mundo editorial a partir do modelo "profissional" estabelecido pela Companhia das Letras. Finalmente, o artigo situa esse espaço diferencial no contexto de uma história editorial nacional específica, dotada de uma dinâmica própria, de suas genealogias e de suas fórmulas editoriais. Desse modo, procura-se estabelecer a existência de um princípio organizacional básico para a determinação dos estados dos campos de produção cultural, bem como contribuir para o estudo da função desempenhada pelas editoras na construção da cultura nacional.

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