Abstract
RESUMO Introdução: A telepsiquiatria, utilizada para oferecer a distância cuidados psiquiátricos, ganhou destaque durante a pandemia de Covid-19 e as regulamentações da telemedicina no Brasil. Este estudo visa avaliar o uso da telepsiquiatria entre psiquiatras brasileiros, utilizando questionários de Conhecimento, Atitude e Prática (CAP) para compreender os conhecimentos, as atitudes e as práticas relacionados. Objetivo: Este estudo teve como objetivos construir, validar e aplicar um questionário para determinar o nível de conhecimento, atitude e prática dos psiquiatras brasileiros em relação à telepsiquiatria no último ano. Além de identificar fatores associados a conhecimento, atitude e prática adequados. Método: Realizou-se um estudo metodológico para a construção e validação do instrumento, seguido por um estudo transversal com um questionário de CAP analítico. Após a elaboração do questionário, especialistas em psiquiatria validaram o instrumento por meio do método Delphi. Posteriormente, o questionário foi distribuído a psiquiatras em todo o Brasil por meio de redes sociais e da Associação Brasileira de Psiquiatria. A análise dos dados foi realizada no software Stata 12.1, com a utilização de análises estatísticas multivariadas de Poisson. Resultado: O questionário de CAP foi validado com alto grau de concordância entre especialistas. Dos participantes, 68,3% apresentaram conhecimento adequado, 80,1% atitude adequada e 81,2% prática adequada em relação à telepsiquiatria. A análise multivariada revelou associações significativas, como atitudes adequadas relacionadas à não prática em consultórios e atendimento a crianças, e práticas adequadas associadas ao atendimento de idosos e adolescentes. Conclusão: O estudo conclui que o questionário de CAP é válido e pode ser aplicado em estudos futuros. Destaca-se a importância da telepsiquiatria na prática dos psiquiatras brasileiros, com diferenças notáveis nas atitudes e práticas adequadas conforme a faixa etária dos pacientes atendidos. Esses resultados indicam a necessidade de considerar essas variáveis ao implementar a telepsiquiatria, contribuindo para orientar políticas de saúde mental e práticas clínicas específicas para diferentes grupos etários.
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