Abstract
Derivadas de Maquiavel ou Hobbes, as teorias modernas de poder pressupõem que este emana da tecnologia. Conseqüentemente, elas prevêem que a adoção de novas tecnologias aumenta o controle de poder da administração e a marginalização da mão-de-obra. O presente artigo argumenta que o erro de tais previsões é inerente aos limites dessas teorias, à luz de Foucault; expõe os recentes debates sobre a especialização flexível; finalmente, conclui que mudanças nas técnicas de trabalho engedram resultados distintos. Afinal, tanto o poder quanto as empresas têm contigências complexas e interdependentes, e, até certo ponto, são passíveis de mudança.
Highlights
Numa outra ocasião", predominou uma visão convencional a respeito de poder que se estende desde a explicação de Hobbes de seus fundamentos mecânicos até os debates contemporâneos sobre as "dimensões" do poder, e que perpassa as considerações críticas a respeito do trabalho central de DahP
Enquanto os debates sobre poder restringiram-se a questões teóricas amplas ou a arenas acentuadamente pluralistas, como, por exemplo, os espaços urbanos e a diversidade de organizações civis, societais, governamentais e privadas que congregam, dificilmente qualquer discussão incluiria a tecnologia
A possibilidade de que o descontentamento pode ter sido gerado pelo modo como a organização do trabalho é estabelecida e pela maneira como as mudanças técnicas são introduzidas, assim como pela ausência de participação do empregado na tomada de decisões e pelo descaso da administração para com as disposições do empregado, poderia evidenciar um círculo vicioso em potencial: o aumento do poder visando a restringir o controle estaria gerando uma resistência progressivamente maior
Summary
Numa outra ocasião", predominou uma visão convencional a respeito de poder que se estende desde a explicação de Hobbes de seus fundamentos mecânicos até os debates contemporâneos sobre as "dimensões" do poder, e que perpassa as considerações críticas a respeito do trabalho central de DahP. A eficiência poder ser quantificada de modo científico e sem valoração, o que não ocorre com considerações mais secundárias, como, por exemplo, as disposições sócio-psicológicas dos indivíduos. A possibilidade de que o descontentamento pode ter sido gerado pelo modo como a organização do trabalho é estabelecida e pela maneira como as mudanças técnicas são introduzidas, assim como pela ausência de participação do empregado na tomada de decisões e pelo descaso da administração para com as disposições do empregado, poderia evidenciar um círculo vicioso em potencial: o aumento do poder visando a restringir o controle estaria gerando uma resistência progressivamente maior. Simultaneamente, aceitava a visão convencional de poder como um jogo de "soma zero", mas que era expresso por intermédio da tecnologia.
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