Abstract

A dinâmica dos tempos reitera o desafio de as profissões se manterem atualizadas diante das demandas que solicitam dos profissionais, conhecimentos para o enfrentamento dos problemas sociais e para elevar a qualidade de vida e bem-estar das pessoas. Nesse sentido, é na sua capacidade de adaptação e de provisão de respostas requeridas diante das incertezas que se descortinam na cinemática das mudanças sociopolíticas; nas iniquidades sociais; nas vicissitudes biológicas, conforme observado na pandemia da COVID-19, que uma profissão se mantém viva e fortalecida no decurso da história. Todavia, tal flexibilidade adaptativa requer vigilância ontológica para que a identidade de uma profissão não pereça diante dos movimentos globais da ciência, pois sendo também políticos, tais movimentos revelam interesses capazes de projetar saberes hegemônicos e de segregar saberes emergentes(1). Por essa razão, a Enfermagem, que é profissão, disciplina acadêmica e ciência em desenvolvimento, deve ser compreendida à luz de sua ontologia para uma identidade epistemológica delimitada nas ciências do impreciso e afins. Logo, há que ser concebida como área de conhecimento cujas especificidades requerem domínios metodológicos que contemplem a natureza disciplinar da profissão, sem que isso rotule a Enfermagem como ciência subdesenvolvida. [...]

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