Abstract

O objetivo principal deste trabalho é analisar o comportamento e os fatores determinantes da taxa de juros e seus efeitos sobre a condução da política macroeconômica no Brasil desde julho de 1994. Assim, tenta responder às seguintes questões: Por que as taxas reais de juros são altas? Quais são as forças que realmente as determinam? Quais são as implicações para a economia, se essas permanecerem altas? O que pode ser feito para reduzir os seus níveis atuais? Os resultados obtidos mostraram que as causas principais das altas taxas de juros se encontram no âmbito de reduzir e controlar a taxa de inflação, na vulnerabilidade do setor externo, na alta dívida pública e na estrutura de mercado bancário. Inclusive, constatou-se que as altas taxas de juros têm efeitos perversos e não condizentes, tanto para o crescimento como para a estabilidade econômica. Para diminuí-las foram sugeridas recomendações no campo da política monetária, política fiscal, setor externo e política de concorrência.

Highlights

  • The article attempts to address answers for three main questions: why real interest rates are high in Brazil and what are the main forces that stand behind their determination? What are the economic implications if real interest rates remain high? What can be done to reduce real interest rates from their present levels? Results obtained show that the main reasons for high real interest rates were found to be in: reducing and controlling the high rates of inflation, vulnerability of the foreign sector, high public debt, and the market structure of the banking sector

  • Conseqüentemente, a taxa de juros desempenha um papel chave na tomada de decisões econômicas, já que interfere nos preços e nos custos de todos os setores da economia

  • Um aumento na taxa de juros afetará investimento e consumo negativamente e, assim, interferirá no crescimento da economia

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Summary

MAGNITUDE E COMPORTAMENTO DAS TAXAS DE JUROS NO BRASIL

Os dados sobre as taxas de juros reais praticadas no Brasil e no mercado internacional, no período de 1995 a 2004, são apresentados na tabela 1 e no gráfico 1. Verificando-se o comportamento e a magnitude do spread bancário, que é definido como a diferença entre as taxas pagas na captação de recursos no mercado (taxas de remuneração do depositante que são geralmente mais baixas do que a taxa de CDB utilizado neste estudo como proxy) e as taxas cobradas nos empréstimos aos clientes (custo ao tomador final), os dados (tabelas 3 e 4) mostram que, de julho de 1994 a agosto de 2004, o sistema. Verificando-se a relação spread/taxa de captação, os dados mostram que a taxa média de lucro real bruto sobre empréstimos ao setor privado foi de 183,4%, sendo 128,9 e 83,7% nas categorias de empréstimo para o setor empresarial, e 574,4 e 283,5% nas categorias do consumidor. Esses dados evidenciam a gravidade do problema que o setor privado enfrenta em financiar seus gastos, tanto sobre consumo como sobre investimento

POR QUE AS TAXAS DE JUROS SÃO TÃO ALTAS?
Estabilizar preços via contenção da demanda interna
Necessidade de financiamento do setor externo
Setor externo brasileiro
Estrutura de mercado bancário
Setor produtivo
Aumento da dívida pública
O que deve ser feito para diminuir as taxas de juros
Política monetária expansionista
Política fiscal restritiva
Equacionamento do setor externo brasileiro
Atacar os spreads altos cobrados pelos bancos
CONCLUSÃO
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