Abstract

Indivíduos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) possuem maior risco de coinfecção com sífilis, podendo cursar com evolução diferente daqueles soronegativos, por vezes de forma mais rápida e agressiva. A manifestação de secundarismo é proporcionalmente mais prevalente, sendo a sífilis maligna (SM) uma forma rara deste estágio da doença, mas com expressivo aumento do número de casos após a epidemia de aids. A SM apresenta-se com lesões pleomórficas, descritas classicamente como úlcero-nodulares disseminadas, acompanhadas de sintomas constitucionais mais intensos. Este relato descreve o caso de uma paciente cujo diagnóstico de HIV foi simultâneo ao de sífilis recente, ocorrido durante investigação de lesões cutâneas disseminadas, ulceradas e crostosas, por vezes com aspecto rupióide. O diagnóstico de sífilis secundária foi estabelecido em associação a neurossífilis assintomática. Apesar dos critérios clínicos e laboratoriais compatíveis com o diagnóstico de SM, a apresentação cutânea infrequente mereceu os diagnósticos diferenciais agrupados como síndrome verrucosa, em especial a esporotricose.

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