Abstract
Tomando como disparador uma corrida de aventura, discuto, neste ensaio, a centralidade do risco na sociedade contemporânea. Com esse intuito, traco a emergencia do risco como repertorio linguistico usado para dar sentido aos eventos da vida cotidiana; sua relevância na estruturacao da gestao de riscos como estrategia de governo de populacoes e suas transformacoes no contexto da ‘sociedade de risco’. Nessa viagem etimologica e historica, risco e tanto uma nova figura desenhada no âmbito de uma configuracao social especifica — a modernidade reflexiva — como uma janela para o passado. E no jogo entre permanencias culturais e inovacoes tecnologicas que se torna possivel entender a emergencia de formas contemporâneas de risco-aventura que propiciam modos de ser aventureiros que, cada vez mais munidos de tecnica e know-how para fazer frente aos obstaculos inevitaveis da aventura, nao precisam apoiar-se nos sentidos metaforicos da fatalidade, fortuna ou mesmo da sorte.
Highlights
Tomando como disparador uma corrida de aventura, discuto, neste ensaio, a centralidade do risco na sociedade contemporânea
This paper takes adventure racing as a starting point from which to discuss the centrality of risk in contemporary society
It goes on to trace the emergence of risk as a linguistic repertoire for providing meaning in everyday life, its relevance for the structuration of risk management as a strategy for the government of populations and its various transformations in the context of ‘risk society’
Summary
Tomando como disparador uma corrida de aventura, discuto, neste ensaio, a centralidade do risco na sociedade contemporânea. Traço a emergência do risco como repertório linguístico usado para dar sentido aos eventos da vida cotidiana; sua relevância na estruturação da gestão de riscos como estratégia de governo de populações e suas transformações no contexto da ‘sociedade de risco’. Nessa viagem etimológica e histórica, risco é tanto uma nova figura desenhada no âmbito de uma configuração social específica — a modernidade reflexiva — como uma janela para o passado. É no jogo entre permanências culturais e inovações tecnológicas que se torna possível entender a emergência de formas contemporâneas de risco-aventura que propiciam modos de ser aventureiros que, cada vez mais munidos de técnica e know-how para fazer frente aos obstáculos inevitáveis da aventura, não precisam apoiar-se nos sentidos metafóricos da fatalidade, fortuna ou mesmo da sorte
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