Abstract

Este trabalho constitui uma revisão de dados epidemiológicos sobre a relação entre o consumo de vitaminas e prevenção de câncer. Estudos observacionais evidenciam uma associação inversa consistente entre a ingestão de frutas e hortaliças e risco de câncer, e um efeito protetor das vitaminas C, E e dos carotenóides contra certos tipos de câncer. Resultados de estudos de intervenção, na prevenção primária de câncer, são contraditórios, sendo que em dois desses estudos o beta-caroteno, suplementado em doses consideradas farmacológicas, isolado ou associado à vitamina E ou à vitamina A, mostrou-se deletério para tabagistas. Ao contrário, a ingestão de doses mais fisiológicas de antioxidantes parece ser mais eficaz, sendo que a ação sinérgica dessas substâncias na quimioprevenção de câncer já foi demonstrada tanto em modelo in vivo de carcinogênese quanto em estudo epidemiológico de intervenção. Como estratégia de prevenção de câncer preconiza-se o consumo de dietas ricas em frutas e hortaliças, que aportem cerca de 150 mg de vitamina C, 30 mg de vitamina E e 4 mg de carotenóides. A ingestão de quantidades mais elevadas, na forma de suplementos, não está recomendada.

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