Suplementação de colina em dietas para codornas de corte (Coturnix coturnix coturnix)

Abstract

Os manuais de exigência nutricionais para codornas são baseados em estudos com codornas japonesas, e há poucas publicações que pesquisaram a exigência de vitaminas para codornas europeias. Objetivou-se avaliar os efeitos da suplementação de colina na alimentação de codornas de corte em 2 experimentos. No primeiro, foram alojadas 480 codornas machos e fêmeas, com 7 dias de idade e peso médio de 43 ± 0,22 g, distribuídas em delineamento inteiramente casualizado, com 6 tratamentos e 5 repetições de 16 aves. No segundo, foram alojadas 540 codornas machos e fêmeas, com 1 dia de idade peso médio de 8 ± 0,33 g, distribuídas em um delineamento experimental inteiramente casualizado com 6 tratamentos e 5 repetições com 18 aves cada. Em ambos os experimentos, os tratamentos consistiram de rações contendo 0, 0,025, 0,050, 0,075, 0,100 e 0,125% de cloreto de colina, correspondendo a 0, 150, 300, 450, 600 e 750 mg / kg de colina suplementada, respectivamente. As rações foram calculadas para serem isoenergéticas e isonutrientes, com exceção dos níveis de colina. Ao final do período experimental, foram avaliados o consumo de ração, ganho de peso, conversão alimentar, rendimento de carcaça, peito, coxa e sobrecoxa, proporção de gordura abdominal e do fígado e a composição do fígado. Os dados foram submetidos à análise de regressão. Em ambos experimentos, não houve efeito significativo da suplementação de colina sobre o desempenho, características de carcaça e composição do fígado. No entanto, na comparação entre os sexos houve diferença significativa no rendimento de carcaça, rendimento de peito no experimento 1, no peso relativo do fígado em ambos os experimentos e na quantidade de gordura no fígado apenas no experimento 1. Conclui-se que quando a quantidade de colina aportada pelos ingredientes for de 1.546 mg de colina/ kg de ração, a suplementação dessa vitamina não é necessária para codornas de corte.