Abstract
Em uma encosta reflorestada há sete anos com leguminosas arbóreas (Acacia auriculiformis, A. mangium e Mimosa tenuiflora) em Angra dos Reis, RJ, foi avaliada a composição florística e fitossociológica da regeneração natural, comparando-as com as de um fragmento de Mata Secundária situado a 200 m de distância. Foram considerados os três terços da encosta, com declividades decrescentes. Em 12 parcelas de 200 m², quatro em cada terço da encosta, foram amostrados 699 indivíduos vegetais a partir de 40 cm de altura, distribuídos em 25 famílias e 50 espécies. As famílias com maior nº de indivíduos foram Meliaceae (298), Euphorbiaceae (70), Piperaceae (64) e Lauraceae (41). Já as famílias com maior nº de espécies foram Solanaceae (7), Melastomataceae (5) e Myrtaceae (5). As leguminosas plantadas não estavam regenerando na própria área. A evolução da sucessão natural apresentou um gradiente de desenvolvimento em razão da menor declividade e menor distância dos remanescentes florestais, com maior densidade de indivíduos e maior riqueza de espécies na área de menor declividade.
Highlights
The floristic composition and natural regeneration under a 7-year-old legume tree plantation (Acacia auriculiformis, A. mangium e Mimosa tenuiflora) was investigated in comparing with a secondary forest 200 m away at Angra dos Reis, RJ
Figura 1 – Distribuição do número de indivíduos por família, em porcentagem do número total de indivíduos amostrados nas três áreas do reflorestamento com leguminosas arbóreas, em Angra dos Reis, RJ
Figura 2 – Distribuição do número de espécies por família, em porcentagem do número total de espécies amostradas nas três áreas do reflorestamento com leguminosas arbóreas, em Angra dos Reis, RJ
Summary
A reabilitação de ecossistemas florestais pode ser alcançada através do plantio de espécies facilitadoras da sucessão natural, em locais onde, a princípio, uma série de barreiras impede o desenvolvimento do processo. Entretanto, o uso de espécies de uma única família botânica é questionado por alguns autores (REIS et al, 1996; KAGEYAMA et al, 1994), que consideram importante ter a diversidade original do ecossistema como modelo, para não se correr o risco de inibição do processo de sucessão que completaria o de recuperação. Haggar et al (1997) observaram que árvores de estabelecimento rápido, com altas taxas de crescimento, no geral estimulam níveis mais altos de regeneração em seu sub-bosque. A distância dos remanescentes florestais em relação à área em processo de reabilitação vai influenciar a quantidade de propágulos que chega à área (PARROTA, 1993), assim como a qualidade da fonte, entendida aqui como a riqueza de espécies da vegetação circunvizinha. Partindo da hipótese de que plantios de leguminosas arbóreas fixadoras de N2 podem funcionar como condicionadores do substrato e facilitadores da sucessão natural, estudou-se a composição florística e fitossociológica da regeneração natural de uma encosta reflorestada com leguminosas arbóreas em 1993, em Angra dos Reis, RJ
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