Abstract

Neste artigo, busquei relações entre a subversão em artes, na transgressão como elemento da performance, com aspectos das economias locais em cultura, no espaço da escola pública, onde sou professor. No percurso de meu doutorado, construo paralelos com alguns conceitos de política cultural no sistema econômico e político vigente, chamando a atenção crítica para a arte formatada nos ambientes de educação apenas como um produto restrito a dissimular ausências e carências, a falta de acesso às ampliações de percepções estéticas, que evocam para mim um embate contra a simples reprodutibilidade de sistemas artísticos. Benhamou, no texto A economia da cultura, fala em política cultural e pública de forma que estas possam construir pontes entre a arte, tomada como uma imanência completa e total do indivíduo e sua idiossincrasia – utopias pessoais, realidades internas, ontológicas e subjetivas –, e o sistema do qual o mercado faz parte, com seus efeitos monopolistas. Desse modo, podemos mostrar um pouco sobre como estabelecer essas relações entre arte crítica subversiva, de confronto ideológico, moral, institucional, burocrático, com as políticas culturais que podem revitalizar espaços, gerar economias locais, sociais, e a geração de receitas em contato com o aspecto de mercado, sem que este absorva totalmente o ato criativo, transformandoo num produto sem história, sem vida, “sem alma”, a não ser que esse seja o objetivo da produção artística em questão.

Highlights

  • In this article, I looked for relationships between subversion in arts, transgression as an element of performance, and aspects of local economies in culture inside the public school space, where I am a teacher

  • Busco relaciones entre la subversión en las artes, la transgresión como un elemento de performance, con aspectos de las economías locales en la cultura, en el espacio público de la escuela

  • Conhecemos, ainda que superficialmente, projetos fomentados por esses investimentos de Estado, que mudaram e mudam radicalmente a vida de muitas pessoas e jovens, que outrora estavam totalmente abandonados na precariedade, sem muitas opções de acesso às atividades eletivas do espírito humano, estas mesmas que despertam os seres para o desenvolvimento, para as ações e construções inovadoras e geradoras de mais recursos locais, para os atos criativos e identitários e para as expressões plurais de um povo

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Summary

INTRODUÇÃO2

Em período de Pandemia mundial, como tragédia histórica do século XXI, algumas questões são discutidas com proeminência e até com perturbação. Essa ausência e o seu consequente vazio caracterizam um furto de pertencimento, porque o que é construído e patrocinado coletivamente, com esforço plural, não pode ser apropriado por individualidades – nem tiranias particulares. A partir das reflexões em torno da pesquisa qualitativa e de seus princípios, frente às minhas práticas como artista-educador, aponto para a consideração de que a experiência em si pode aparecer enquanto forma própria de produção. Mas não só: a performance subverteu com o passar do tempo seus próprios sistemas artísticos, alterando a própria Estética da arte e do movimento no ato criativo, quando também foi absorvida pelo mercado. A autora defende, assim, que a geração de oportunidades só é possível quando se pensa em apoio social, que não pode ser regulado apenas pelo mercado, mas em uma relação dialógica com ele (CHAUÍ, 2016). Questionar aspectos burocráticos, morais, institucionais e políticos de que falávamos a partir das necessidades e reivindicações dos próprios estudantes, trabalhadores, famílias e comunidades

AÇÕES CULTURAIS E PERFORMANCES COM OS ESTUDANTES
EXEMPLOS DE PROJETOS E PROGRAMAS PÚBLICOS EM POLÍTICAS CULTURAIS
Projeto Guri
Sustenidos – Organização Social de Cultura
Programa Vocacional – Prefeitura de São Paulo
Projeto Anjos do Esporte
CONCLUSÃO
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