Abstract

O artigo aborda a relação entre relíquias históricas e narrativas fundacionais como foi configurada pela atuação dos museus públicos e das políticas de proteção aos monumentos históricos desde o século XIX. O enfoque recai sobre artefatos e monumentos de pedra que representavam a gênese longínqua de identidades coletivas a despeito da ausência de qualquer suporte documental, valendo-se apenas ao seu valor de antiguidade. Para tanto, apoia-se nos conceitos de ilusão museal, memória pública e rituais de memória. Propõe, então, um estudo de caso sobre o marco da cidade do Rio de Janeiro (hoje sob a guarda dos frades capuchinhos do Santuário de São Sebastião, no bairro da Tijuca), procurando reconstituir a sua vida social e o seu papel no culto ao padroeiro da cidade ao longo do tempo.

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