Abstract
Este estudo transversal quantitativo buscou avaliar os impactos psicológicos decorrentes do distanciamento social durante a pandemia do COVID-19, focando em depressão, ansiedade e estresse percebido e os níveis de solidão em adultos. Ademais, buscou verificar a existência de relações entre solidão, características sociodemográficas e sintomas de depressão, ansiedade e estresse percebido, bem como identificar variáveis preditoras de solidão. Com uma amostra de 3.106 participantes, recrutados por meio de redes sociais, respondendo de forma on-line sobre os sintomas, de diferentes regiões do Brasil e entre 18 e 76 anos (M= 33,15; DP = 12,15), o estudo revelou que 459 (14,76%) dos entrevistados experimentaram solidão, de moderada a grave, durante a pandemia. Além disso, 680 (20,19%) apresentaram sintomas severos a extremamente severos de depressão, 370 (11,89%) de ansiedade e 516 (16,58%) de estresse. Os indivíduos que apresentavam sintomas de depressão, ansiedade, estresse e menores níveis de satisfação com a vida estavam mais propensos a experimentar a solidão. Os sintomas de depressão mostraram ser o preditor mais forte para sintomas de solidão e níveis mais baixos de satisfação com a vida contribuíram significativamente para esse sintoma. Concluiu-se que, as limitações impostas pela pandemia devido ao isolamento social intensificaram a solidão e transtornos mentais.
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