Abstract
O trabalho que ficou conhecido como obra inaugural do Ankoku Butô de Tatsumi Hijikata foi nomeado Cores Proibidas, fazendo uma alusão direta ao título do romance escrito por Yukio Mishima. Deste ato proposital, surgiu uma amizade entre esses artistas que durou onze anos. Este artigo apresenta a partir do Cores Proibidas do escritor e do dançarino as distinções entre suas perspectivas acerca da morte, atrelada diretamente aos modos que investigaram seus próprios corpos. Propõe-se um embate entre o Corpo Saudável em Mishima – forjado pela doutrina severa do Sol e do Aço – e o Corpo Debilitado em Hijikata – aberto e poroso como condiz à sabedoria anunciada pela lama.
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