Abstract

Este artigo teve como objetivo ponderar acerca de sofrimentos de grupos que se veem forçados a migrar para espaços urbanos na Amazônia, rompendo relações com a terra. Foram utilizadas categorias analíticas de dois grupos de pesquisa de universidades brasileiras e apresentados relatos de sofrimento psíquico de indígenas das etnias Sateré-Mawé/AM e Hixkaryana/AM após a migração para a cidade. A metodologia de coleta foi a etnografia e a análise foi feita sob categorias da psicologia sócio-histórica. Resultados sugerem que a desigualdade social vivida pelos povos indígenas atravessa os sofrimentos vividos na urbe, caracterizando-se por ser um sofrimento ético-político. A concepção de saúde e a categoria de comum se mostraram, neste artigo, como formas de potência para esses povos viverem em contexto urbano.
 Palavras-chaves: Sofrimento ético-político, Povos Indígenas, Psicologia Sócio-histórica.

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