Abstract

O artigo analisa o impacto da desigualdade de sofisticação política sobre as preferências políticas dos cidadãos. Após uma discussão sobre o conceito e a mensuração da sofisticação política, examina-se seus principais determinantes utilizando dados de uma pesquisa de painel realizada em Caxias do Sul e Juiz de Fora ao longo de 2002. Em seguida, o artigo examina quatro hipóteses da literatura acerca do efeito da sofisticação política sobre a maneira como os eleitores processam informações e opinam: 1) eleitores mais sofisticados apresentam maior estruturação ideológica em suas opiniões do que eleitores menos sofisticados; 2) eleitores mais sofisticados possuem opiniões políticas mais estáveis ao longo do tempo do que os politicamente menos sofisticados; 3) eleitores mais sofisticados adquirem mais informações políticas ao longo do tempo do que eleitores menos sofisticados, e; 4) eleitores mais sofisticados emitem opiniões com maior frequência do que eleitores menos sofisticados. As análises no artigo dão amplo suporte a essas hipóteses. Por fim, discute-se as implicações dos achados para os estudos de opinião pública e voto no Brasil.

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