Abstract

Este texto defende que existe, no interior da sociologia francesa, uma tradição pouco conhecida e raramente evidenciada do uso das estatísticas. Sua originalidade reside no esforço para escapar da alternativa habitual da defesa incondicional ou da crítica sistemática das estatísticas. Esta tradição considera que as estatísticas são uma ferramenta potencialmente preciosa, potente e, às vezes, incontornável, mas desde que o uso seja acompanhado de uma reflexão sobre seus limites e seu alcance. Neste sentido, convida a um uso reflexivo das estatísticas em sociologia, o que significa a integração entre a reflexão sociológica sobre os limites desta ferramenta, e sobre o que significa e implica recorrer a ela em sociologia. Embora não seja majoritária no interior da sociologia francesa, esta tradição tende a reunir figuras eminentes. O artigo se debruça sobre Augusto Comte, os sociólogos durkheimianos (particularmente Francois Simiand e Maurice Halbwachs) e Pierre Bourdieu, e se esforça em fazer aparecer, apesar das diferenças que separam estes sociólogos (especialmente pelo fato de terem trabalhado em épocas diferentes), uma continuidade em sua reflexão sobre as estatísticas.

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