Abstract
Este artigo teve por objetivo assinalar o processo de institucionalização da Sociologia no ensino médio brasileiro, marcada pela intermitência entre obrigatoriedade, facultatividade e completa ausência da disciplina nas escolas. Para tanto se fez um rápido histórico da Sociologia no ensino médio, discutiu-se os desafios postos à área da Sociologia e das Ciências Sociais no que tange ao ensino da disciplina. Buscou-se, ainda, mapear a produção acadêmica acerca da Sociologia no ensino médio a partir das publicações de trabalhos apresentados nos Congressos da ANPOCS (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências Sociais), da ANPED (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação) e da SBS (Sociedade Brasileira de Sociologia). Conclui se que os desafios postos para o campo são inúmeros, dentre eles destacam-se: a discussão sobre os cursos de graduação e a relação entre bacharelado e licenciatura; a questão do currículo da disciplina; materiais didáticos; poucas horas aula no ensino médio e a necessidade de consolidação de uma área de pesquisa específica sobre ensino de sociologia não apenas em Programas de Educação, mas, sobretudo nos Programas de Sociologia e/ou Ciências Sociais.
Highlights
This article aims to point out the process of institutionalization
That for it was made a quick history of sociology in high school
discussed the challenges faced by the field of sociology
Summary
A história da presença da Sociologia como disciplina escolar é marcada pela intermitência entre obrigatoriedade, facultatividade e completa ausência. Segundo Silva (2010), a Reforma de João Luís Alves-Rocha Vaz (1925-1942) incluiu a Sociologia como disciplina obrigatória para o ensino secundário e para as Escolas Normais, demarcando, desse modo, um momento fundamental para a institucionalização das Ciências Sociais/Sociologia que se dá, primeiro, pelo ensino secundário para, mais tarde, adentrar à Universidade que, em verdade, ainda era incipiente no país. A interpretação da lei se deu do seguinte modo: “As propostas pedagógicas das escolas deverão assegurar tratamento interdisciplinar e contextualizado para conhecimentos de filosofia e sociologia necessários ao exercício da cidadania” (MORAES, 1999), o que possibilitou a interpretação de que não necessariamente deveria haver uma disciplina específica, mas o próprio governo federal, por meio dos APCNs, incluía a Sociologia.
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