Abstract

O artigo analisa a socialização de gênero vivenciada por crianças de cinco anos no interior de uma instituição de Educação Infantil. A partir de um referencial teórico-metodológico que articula os estudos de gênero e os estudos da infância discute-se as tensões e ambiguidades presentes nos diferentes processos de socialização de gênero vivenciados por meninos e meninas no interior de uma instituição de Educação Infantil situada em Belo Horizonte, Brasil. Os resultados derivam de uma etnografia que teve como principais instrumentos de produção de dados: a observação participante com registros fotográficos e notas em caderno de campo, entrevistas com crianças e adultos e desenhos conjugados com as falas de meninos e meninas. Ao longo do artigo, são descritas e analisadas as ambiguidades e as controvérsias que regem o complexo e multifacetado processo de socialização de gênero na Educação Infantil. Nesse sentido, para além dos processos de socialização de gênero vivenciados pelas crianças na interação com seus pares e com os/as docentes da instituição de Educação Infantil, verificou-se também o atravessamento de outros processos de socialização procedentes de diferentes instituições (como a família e as instituições religiosas).

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