Abstract
Busca refletir sobre as teorias relacionadas ao conceito de informação social e cultura informacional, ou seja, produção/construção, comunicação/veiculação e consumo/apropriação, à luz de análise fílmica da narrativa, baseada em uma história real, cujo enredo chegou ao cinema com o título “O menino que descobriu o vento”. Objetiva compreender o papel da biblioteca como geradora de transformação social, a partir da participação do bibliotecário/mediador como integrante do processo de mediação da informação e construção do conhecimento. Para tanto, buscou-se o entrelaçamento dos conceitos de cultura e informação social a partir do papel social e simbólico das bibliotecas, o que se configurou como condição essencial para relacionar tais teorias no âmbito deste estudo. Para fundamentar as teorias apresentadas e sua inter-relação com o fluxo da informação social, destaca-se as três dimensões abordadas por Cardoso (1994) e elabora-se uma tabela relacionando historicidade, totalidade e tensionalidade da informação com trechos do filme ora estudado. Dessa forma, identifica-se as relações entre o conhecimento produzido e o papel da biblioteca na apropriação da informação, a partir da diversidade de processos e relações cotidianas vivenciadas pelos personagens da obra. Conclui-se ressaltando o quão relevante é o poder da informação social construída por meio do acesso ao conhecimento.
Highlights
Podemos definir cultura como um conjunto de padrões de comportamento, de mitos e de crenças, criados pelos seres humanos, em determinado local e época, e compartilhados socialmente e que se manifestam a partir do nosso estar no mundo (LARAIA, 1993)
“sujeita a interpretações e relações intersubjetivas, que por sua vez são improváveis porque as culturas tecem teias de significados a partir de complexos fios que tanto afetam as relações humanas, como permitem, por elas, serem afetadas” (MENDONÇA; FEITOSA; DUMONT, 2019, p. 13)
Dessa forma, podemos identificar os saberes, as práticas informacionais e o conhecimento produzido e, ainda, analisar a diversidade de processos e as relações cotidianas entre os personagens
Summary
Podemos definir cultura como um conjunto de padrões de comportamento, de mitos e de crenças, criados pelos seres humanos, em determinado local e época, e compartilhados socialmente e que se manifestam a partir do nosso estar no mundo (LARAIA, 1993). Com o propósito de evidenciar o poder de transformação e de mudança social possível que se dá a partir de uma biblioteca e de sua presença em uma comunidade, selecionamos o filme “O menino que descobriu o vento” para refletirmos sobre essa temática. Entretanto, para este estudo, optamos por destacar a forte presença da biblioteca e o seu papel transformador sem, contudo, fugir de todas essas dimensões elencadas, que entrelaçam cultura, ciência e história de vida, observadas em condições de precariedade e desigualdades sociais tão comuns em muitos países, independente das fronteiras geográficas ou socialmente históricas. Selecionamos o filme “O menino que descobriu o vento”, uma narrativa que conta a história de vida de uma família de pequenos agricultores de grãos, que tenta sobreviver em meio a uma crise de recursos econômicos no país, provocada por problemas climáticos como chuva excessiva e seca, bem como por questões severas de disputas da política local. É baseada na história real de William Kamkwamba, um menino que, sem poder frequentar as aulas, pois a família não conseguia pagar a mensalidade, busca na pequena biblioteca, saberes para pôr em ação sua ideia de como ajudar a família e a comunidade a superar a fome e a miséria
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