Abstract

A literatura existente sobre o fenómeno de hortas urbanas tem-se debruçado essencialmente sobre o seu contributo para a sustentabilidade das cidades e sobre a importância ambiental deste tipo de iniciativas. A questão que colocamos neste estudo é a de compreender o processo de participação em programas de hortas urbanas de carácter comunitário e relacionar essa mesma participação com a promoção da sustentabilidade local. O que motiva os cidadãos a participar, como participam e quais os resultados dessa participação são as questões centrais que iremos abordar. Tendo como estudo de caso as hortas urbanas de Cascais, recorreu-se a entrevistas semi estruturadas aos utilizadores dos espaços hortícolas. A participação no programa de hortas comunitárias de Cascais é examinada através de uma análise às entradas (inputs), ao próprio processo em si e aos resultados (outputs) da participação. Concluímos que o reforço das relações sociais, a promoção da coesão e inclusão social facilitam o estreitamento das relações de vizinhança. Mais, ao favorecerem a aquisição de competências, estimulam a cidadania e a participação em outros projetos comunitários, contribuindo assim para empoderar os participantes, criando um cenário favorável à geração de capital social.

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