Abstract

O artigo é um exercício crítico sobre o espetáculo Stabat Mater, criado por Janaína Leite e uma equipe de colaboradoras, em 2019. A montagem se transformou, muito rapidamente, em uma espécie de marco teatral na cidade de São Paulo. Postulados como a “emergência do real”, a implicação da própria artista na substância da obra, mais a busca de uma zona de limiar, na qual se tensionasse a fronteira entre arte e vida, causam espanto e fascínio, porém é provável que também apresentem, como contraface, doses elevadas de idealismo e mistificação. São formulações estéticas fascinantes que reorientam a noção de política nas artes desde os anos 1970, ao mesmo tempo parecem acompanhar e reproduzir novos padrões de consumo cultural e trabalho atomizado vigentes no capitalismo contemporâneo. Em síntese, aquilo que por um lado aparece como transgressão e recusa da desordem do mundo, por outro apresenta um aspecto de realinhamento, adesão e fascínio pela barbárie.

Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.