Abstract

Neste artigo, apresentaremos uma caracterização e defesa da interpretação fenomenológica da filosofia moral schopenhaueriana enquanto um de seus elementos diferenciadores na tradição idealista pós-kantiana e algumas de suas contribuições para ampliação da discussão ética para além dos limites do racionalismo moderno, a partir da inclusão da interpretação dos fenômenos como componente da reflexão moral. Iniciaremos discutindo a base conceitual utilizada por Schopenhauer, mostrando que sua compreensão da exigência de uma análise empírica ou fenomenológica remonta a Descartes e recebe a contribuição decisiva de Kant, cuja proposta de um idealismo transcendental radicaliza a discussão sobre a natureza subjetiva de nosso conhecer. Por fim, apresentaremos a análise de Schopenhauer sobre o conceito de compaixão, a fim de mostrar sua forma de investigação dos sentimentos a partir de uma interpretação dos fenômenos como base de significação, isto é, como uma “fenomenologia” ou “hermenêutica”, pois consiste em uma investigação metafísica imanente sobre o significado dos fenômenos.

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