Abstract
Em um dos seus últimos artigos (datado de 1992), o semioticista Iúri Lotman aborda o assim chamado “período clássico” da literatura russa que abarca o século XIX e vai de Aleksandr Púchkin a Anton Tchékhov. Ao contrário da crítica literária tradicional, que propunha analisar o período como uma passagem do Romantismo para o Realismo, Lotman sugere que o vejamos como um fenômeno dotado de certa unidade orgânica. Dentro dessa unidade, Lotman destaca autores cuja obra possui características “binárias” (como, por exemplo, Nikolai Gógol e Fiódor Dostoiévski) ou “ternárias” (entre eles, Liev Tolstói e Anton Tchékhov). Essa divisão se baseia em uma visão mais geral sobre as culturas russa e universal: para Lotman, trata-se de um processo dinâmico em que épocas relativamente estáveis são alternadas por períodos explosivos.
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