Abstract

Em “Sobre o fundamento da moral”, Schopenhauer admite como critério para que uma ação seja dotada de valor moral “a ausência de toda a motivação egoísta” 1 . Essa assertiva é, propriamente dizendo, o critério seguro para a atribuição ou não de valor moral às ações. Assim, ela mostra que à base de toda ação moral está a motivação não egoísta. Dessa maneira, a asserção “a ausência de toda motivação egoísta é, portanto, o critério de uma ação dotada de valor moral” 2 é, a bem dizer, uma forma resumida da resposta à questão posta a prêmio pela Real Sociedade Dinamarquesa, à qual “Sobre o fundamento da moral” é escrito concorrente. Começamos, assim, pela resposta, pelo critério que permite atribuir ou não valor moral. Admitindo o critério, nossa linha argumentativa perpassará os argumentos schopenhauerianos, iniciando com a valoração moral, depois, pela possibilidade de existência de ações morais e concluindo com o fundamento metafísico da moral, de modo que, ao propor questões sobre os argumentos do filósofo, sejamos por elas guiados.

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