Abstract
O objetivo desse artigo é demonstrar o papel desempenhado pelo Estado norte-americano no fomento aos setores industriais ligados à computação. Essa investigação se centra tanto no papel do Estado no processo de catching up desses setores industriais, como em seu papel no decorrer de seu processo de consolidação. Assim, o artigo busca problematizar a ideia de que o Estado norte-americano constitui um modelo de Estado que intervém pouco na economia, o que fica claro a partir da apreciação de seu apoio aos setores industriais ligados à computação. Para ilustrar a atuação do governo norte-americano em prol desses setores industriais, essa investigação se valerá da análise de quatro casos históricos: o Semi-Automatic Ground Environment; o National Science Foundation; o Defense Advanced Research Projects Agency; o Semiconductor Manufacturing Technology Consortium. Com isso, espera-se apresentar as nuances do apoio do Estado norte-americano a esses setores estratégicos da economia, o que já foi destacado por importantes contribuições teóricas, especialmente Mazzucato (2014), Chang (2004) e Block (2008), os quais abordaram essa questão de forma mais geral. Para tanto, foi analisada uma ampla literatura mais específica que tratou de analisar o desenvolvimento desses setores industriais nos Estados Unidos.
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