Abstract

RESUMO O artigo discute como o imaginário fundacional da cidade paulista de São Luiz do Paraitinga, relacionado ao traçado urbano da cidade estabelecido na administração do Morgado de Mateus, na província de São Paulo, foi utilizado como argumento nos processos de tombamento dos patrimônios da cidade, contribuindo para a elaboração memorialística de seus moradores. Também analisa outras características históricas, culturais e físicas da região presentes nos imaginários sobre a cidade. Não obstante sua localização no Vale do Paraíba, a influência da cultura do café foi relativa nesta cidade, pois não promoveu ali um conjunto de construções monumentais tão expressivo como em outras cidades da região. A dificuldade de acesso, entre outros motivos, contribuiu para, entre o final do século XIX e início do XX, inibir o desenvolvimento econômico de São Luiz do Paraitinga que, a partir dos anos 1980, buscou na valorização do patrimônio cultural e na vocação para o turismo uma alternativa. Um fato inesperado, a enchente ocorrida em 2010, fez emergir reflexões sobre como a tradição e a memória se tornaram suportes para a reconstrução física e moral da cidade, no intuito de manter a identidade conquistada. O artigo traz também uma reflexão sobre os limites do tombamento para a preservação de conjuntos urbanos, cujas discussões e ações deveriam ocorrer no âmbito do planejamento e da gestão territorial.

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