Abstract

O presente trabalho objetiva entender por que as empresas do setor de educação tem adotada a estratégia de aquisições e fusões, ao invés de simplesmente se basearem no crescimento orgânico. A hipótese é que existem sinergias nas transações realizadas no setor de educação superior no Brasil, bem como que estas sinergias têm sido convertidas em ganhos econômicos para as empresas adquirentes e para os seus acionistas. Para tanto, o presente trabalho primeiramente apresenta uma revisão da literatura do tema de fusões e aquisição e também uma visão sobre o setor brasileiro de educação superior, incluindo sua evolução, regulamentação e outras informações relevantes para apoiar um entendimento mais profundo sobre o fenômeno estudado. Em seguida, baseando-se na metodologia proposta, o trabalho foca no teste de sua hipótese, através da identificação das sinergias específicas presentes no setor e nas empresas selecionadas (Anhanguera, Estácio e Kroton) e da análise de como estas sinergias estão sendo traduzidas em seus resultados econômicos. Finalmente, com base nas evidências geradas por tais discussões, são providas conclusões relativas à veracidade da hipótese

Highlights

  • No primeiro semestre de 2012, foram realizadas no Brasil 433 transações relevantes de fusões e aquisições, segundo mapeamento da KPMG (2012)

  • Além da identificação teórica das potenciais sinergias, sustentada pela compreensão mais detalhada dos principais direcionadores de valor das empresas do setor, contou-se também com uma perspectiva das próprias empresas sobre o assunto

  • Uma relevante parcela dos estudos de administração de empresas se baseia na premissa que o objetivo das empresas, ao menos as privadas com fins lucrativos, é a maximização do valor gerado aos seus acionistas, como defendem Brigham e Ehrhardt (2005)

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Summary

Fusões e aquisições

Uma relevante parcela dos estudos de administração de empresas se baseia na premissa que o objetivo das empresas, ao menos as privadas com fins lucrativos, é a maximização do valor gerado aos seus acionistas, como defendem Brigham e Ehrhardt (2005). Por sua vez, são principalmente procedentes da possibilidade de diminuição do risco do negócio combinado como efeito da diversificação e da consequente redução do custo de capital pela lógica da relação entre risco e retorno, tratada por Brigham e Ehrhardt (2005). Por outro lado, por serem frutos da diversificação, como também explicam Weston, Chung e Hoag (1990), tenderiam a acontecer em qualquer transação de fusões e aquisições, uma vez que existiria sempre algum grau de diversificação, já que, como elucidam Brigham e Ehrhardt (2005), é altamente improvável em termos reais a existência de correlação positiva perfeita dos retornos isolados da adquirente e da adquirida, fazendo com que o risco dos ativos combinados seja menor que dos ativos individuais. De acordo com o complexo arranjo deste grande número de variáveis, o potencial de sinergias pode variar muito, podendo ser inexistente, ou até mesmo negativo, como explanam Matias e Pasin (2001) e Wood Jr., Vasconcelos e Caldas (2004)

Evolução do setor de educação superior privada no Brasil
Sinergias identificadas
Redução do custo de capital
Taxa de crescimento da receita líquida
Margem operacional
Retorno sobre o patrimônio líquido
SINERGIAS NAS FUSÕES E AQUISIÇÕES DO SETOR DE
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