Abstract
RESUMO O artigo se situa no âmbito das discussões contemporâneas que desafiam a sociologia econômica e a sociologia do trabalho a refletir sobre um novo fenômeno socioeconômico: a chegada de sindicalistas no mercado financeiro, via criação e, sobretudo, a gestão de fundos de pensão. Atores sociais da construção deste novo fenômeno financeiro, os sindicalistas passam a (re)significar não somente suas estratégias, mas também seus discursos, agregando questões morais e sociais aos interesses do mercado. O trabalho demonstra que o novo éthos do sindicalismo brasileiro busca utilizar a própria lógica do capital na resistência contra a financeirização da economia e a reestruturação produtiva.
Highlights
The article is part of contemporary discussions that challenge economic sociology and the sociology of work to reflect on a new socioeconomic phenomenon: the arrival of trade unionists in the financial market, through creation and, above all, the management of pension funds
O artigo se situa no âmbito de discussões contemporâneas que desafiam a sociologia econômica e a sociologia do trabalho a refletir sobre um novo fenômeno socioeconômico: a chegada de sindicalistas no mercado financeiro, o que por sua vez desarticula as centralidades e as fronteiras tradicionais entre sindicatos/ sindicalistas, de um lado, e finanças/financistas, de outro
É sobre esse conjunto de arrazoado que promove tanto a quebra de fronteira disciplinar – já que para além do interesse sociológico, o tema também é objeto da economia, do direito e da política pública – quanto a ressignificação empírica do conceito de sindicato e de mercado que esse artigo se debruça
Summary
Durante os anos 1968-1978, momento mais repressor da ditadura militar (1964-1985), o sindicalismo brasileiro foi predominantemente um sindicalismo de governo, ou seja, atrelado ao Estado (Boito Jr., 1991). Outros fatores que favoreceram a ação sindical neste período foram: de um lado, a transição política para a democracia e, de outro, a crise econômica inflacionária, sobre as quais o movimento sindical se apoiou para organizar as grandes greves dos anos de 1970-1980 (Santana, 2000). Com a abertura econômica dos anos 1990, a reestruturação produtiva e a política de privatizações, os sindicatos se viram novamente diante de uma complexa situação, que incluía o aumento do desemprego e a precarização das relações de trabalho. Se nos anos 1980 a preocupação do movimento sindical era com questões econômicas e salariais, nos anos 1990 esta preocupação foi substituída pela garantia de emprego e pelo combate ao desemprego (Santana, 2000). Diante deste novo contexto econômico, político e social de transformação do mundo do trabalho, discutiremos as novas modalidades de ações sindicais no Brasil na próxima seção deste artigo
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