Abstract
Os minerais da fração argila, goethita e hematita, são óxidos de ferro (Fe) indicadores pedoambientais com grande influência nos atributos físicos e químicos do solo. O conhecimento dos padrões espaciais desses óxidos auxilia a compreensão das interrelações de causa e efeito com os atributos do solo. Nesse sentido, a qualidade das estimativas espaciais produzidas pode alterar os resultados obtidos e, por consequência, as interpretações dos padrões espaciais obtidos. O presente estudo teve o objetivo de avaliar o desempenho dos métodos geoestatísticos de estimativas (KO) e simulações sequenciais gaussianas (SSG) na caracterização espacial de teores de óxidos de Fe, goethita (Gt) e hematita (Hm), em uma pedoforma côncava e outra convexa. Foram coletadas 121 amostras de solos em cada pedoforma de um Argissolo em pontos com espaçamentos regulares de 10 m. Os teores de óxidos de Fe foram obtidos por meio de difração de raios-X. Os dados foram submetidos a análises geoestatísticas por meio da modelagem do variograma e posterior interpolação por KO e SSG. A KO não refletiu a verdadeira variabilidade dos óxidos de Fe, hematita e goethita, demonstrando ser inapropriada para a caracterização espacial dos teores dos óxidos de Fe. Assim, o uso da SSG é preferível à krigagem quando a manutenção dos altos e baixos valores nas estimativas espaciais é necessária. O desempenho dos métodos geoestatísticos foi influenciado pelas pedoformas. Os mapas E-type devem ser recomendados em vez de mapas de KO para os óxidos de Fe, por serem ricos em detalhes e práticos na definição de zonas homogêneas para o manejo localizado em frente de KO, sobretudo em pedoforma côncava.
Highlights
Como alternativa a essas características, o uso da simulação geoestatística fornece imagens mais realistas do fenômeno, reproduzindo todos os possíveis padrões de continuidade espacial (Goovaerts, 1999)
A escolha do melhor modelo ajustado ao semivariograma baseou-se na menor soma dos quadrados do resíduo, no coeficiente de determinação (R2) e nos parâmetros da validação cruzada obtidos a partir do ajuste de uma regressão entre os valores observados e os preditos pela modelagem
De acordo com a classificação proposta por Warrick & Nielsen (1980), os valores dos coeficientes de variação (CV) para os teores dos óxidos foram médios nas duas pedoformas
Summary
A área de estudo está localizada na Fazenda Boa Vista, pertencente à Usina São Domingos Açúcar e Álcool, nas coordenadas geográficas: 21o 05' 57,11"de latitude sul e 49o 01' 02,08" de longitude oeste, no município de Catanduva, Estado de São Paulo. O clima da região foi classificado pelo método de Köppen como tropical quente úmido, tipo Aw, seco no inverno, com precipitação pluvial média de 1.350 mm, temperatura média anual de 23 oC, com temperatura no mês mais quente superior a 22 oC e no mês mais frio inferior a 18 oC, e umidade relativa do ar de 74 %. O solo foi classificado como Argissolo Vermelho-Amarelo eutrófico textura média/ argilosa (Embrapa, 2006). A vegetação primária da região de Catanduva foi classificada como floresta pluvial estacional e cerrado, sendo o uso atual principalmente cana-de-açúcar, há mais de 20 anos em sistema de colheita pós-queimada. A área foi caracterizada utilizando fotografias aéreas da região na escala 1:35.000, pelo perfil altimétrico e, no campo, pela classificação geomorfológica e pedológica
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