Abstract

O Plúton Serra Verde constitui um stock granítico situado na porção centro-leste da Faixa Seridó, intrusivo em metassedimentos do Grupo Seridó e em ortognaisses do Complexo Caicó. Possuindo uma geometria en cornue, alongado na direção NE -SW, esse plúton teve a sua colocação sincrônica ao evento brasiliano. Composicionalmente, suas rochas são monzogranitos de textura fina, homogênea, cuja paragênese mineral dominante é composta de K-feldspato, plagioclásio e quartzo (em geral, mais de 80% modal). O principal mineral máfico é a biotita, e anfibólio, titanita, epídoto, opacos, allanita, zircão e apatita são acessórios. Quimicamente, as rochas de Serra Verde são metaluminosas a peraluminosas, de filiação calcioalcalina, com altos teores de Na2 O (> 4,2%), Sr (> 400 ppm) e Ba (> 700 ppm) e baixos teores de K2 O (≤ 3,7%), TiO2 (< 0,3%), Rb (< 80 ppm) e Y (≤ 28 ppm). As paragêneses minerais e suas microtexturas indicam que a evolução do magma ocorreu em condições de fO2 moderadas a elevadas, acima do tampão FMQ. Dados termobarométricos sugerem uma pressão de cristalização para o Serra Verde em torno de 3 a 5 kbar, com temperatura do liquidus em torno de 800°C e temperatura do solidus estimada entre 700º e 660°C. Esses dados são compatíveis com aqueles obtidos por diversos autores em granitoides neoproterozoicos do Domínio Rio Grande do Norte. Uma fonte crustal para o magma de Serra Verde é sugerida com base na análise de dados petrográficos e geoquímicos. Os ortognaisses quartzo-dioríticos a tonalíticos do complexo do embasamento são prováveis candidatos a essa fonte. Uma comparação do Serra Verde com os demais plútons calcio-alcalinos do Domínio Rio Grande do Norte mostra que este é mais enriquecido em SiO2 e Na2 O e empobrecido em Fe2 O3 (T), MgO e TiO2 .

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