Abstract

The article discusses the trajectory of Sergio Arouca (1941-2003), observing his performance as a public health activist via and within institutions. The analysis of episodes reveals a fertile combination between Arouca's surprising ability to think in a non-standard way, his charisma, and the presence of people who shared the same values. In some situations, this combination generated democratizing innovations. Examples include the Paulínia project in the 1970s, in which Arouca with his team invited the population to participate in the management of health services; the opening of the 8th National Health Conference to the participation of civil society; the installation of democratic management in the Oswaldo Cruz Foundation (Fiocruz) and the creation of the Participative Management Department of the Ministry of Health during the first Lula administration.

Highlights

  • The article discusses the trajectory of Sergio Arouca (1941-2003), observing his performance as a public health activist via and within institutions

  • Tinha jeito irreverente de tratar os assuntos institucionais, atrasava muito, faltava nos compromissos, mas toda essa “insubordinação” vinha junto com a capacidade visionária de pensar para além do seu tempo, de gerar ideias que possibilitavam ampliar a Reforma Sanitária

  • A atividade considerada comunista no Centro de Paulínia, a tese com conteúdo também subversivo, forte repressão dos militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) pelo regime militar e a oposição política ao Reitor da época são algumas das razões da expulsão de Arouca e seu grupo da Universidade de Campinas (Unicamp)

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Summary

Dowbor M

O que mais poderia ser escrito sobre Sergio Arouca? A lista de entrevistas e publicações a respeito deste defensor da saúde pública no Brasil é abundante e rica em evidências[1,2,3,4,5,6]. Sergio Arouca desenvolveu sua militância no Movimento pela Reforma Sanitária por meio das instituições e nas instituições públicas, ocupando diversos cargos e funções. Uma das suas estratégias consistia nas mudanças incrementais, e seu repertório de ação incluiu diversas táticas via instituições – o que no jargão do movimento era chamado de ocupação de espaços institucionais ou de reformas por dentro do Estado. No início, por seus membros filiados ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), sua opção política pela linha reformista e pela articulação com o MDB em uma frente democrática como forma de combater o regime militar adotada no VI Congresso, em 196712, a atuação por dentro das instituições se difundiu entre outros quadros do Movimento. Tinha jeito irreverente de tratar os assuntos institucionais, atrasava muito, faltava nos compromissos, mas toda essa “insubordinação” vinha junto com a capacidade visionária de pensar para além do seu tempo, de gerar ideias que possibilitavam ampliar a Reforma Sanitária. Não foi diferente sua forma de gestão à frente da Fiocruz, quando instalou a gestão democrática, e foi este conteúdo da novíssima secretaria que ele assumiria no primeiro governo Lula

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