Abstract

O texto analisa alguns aspectos da imigração brasileira para as regiões Norte e Nordeste da Itália; centra o tema do empreendedorismo de imigrantes, ou seja, a estratégia de montar pequenas empresas, em geral, prestadoras de serviços em atividades agrícolas, na construção civil e na limpeza de prédios e condomínios; revela que imigrantes brasileiros dinamizam com intensidade essa realidade, otimizam sua condição de duplo-cidadão, muitos desses associam-se com italianos e montam empresas. O empreendedorismo revela um estágio avançado de integração social e produtiva do imigrante; é uma estratégia de mudança da performance imigratória, promove, na maioria das vezes, o reagrupamento familiar e absorve nichos de mercado. Porém, não é uma realidade que se concretiza com facilidades; há muitos limites financeiros, burocráticos e exigências que, deliberadamente, dificultam essa mudança de identidade do imigrante.

Highlights

  • A representação social do imigrante sempre foi de um sujeito para o trabalho assalariado, como dependente; ser empreendedor, ou seja, montar uma pequena empresa é algo muito incomum, porém, muito idealizado pelos imigrantes brasileiros na Itália

  • The article analyzes some items from the brazilian region for the north

  • It focuses on the immigrant entrepreneurship

Read more

Summary

Estratégias familiares e integração social

Os dados estatísticos atestam a presença de em torno a 50 mil brasileiros na Itália em 2015 (IDOS, 2016). Grande parte dos imigrantes brasileiros está nas regiões Norte e Nordeste do país, espaços também de grande saída de fluxos de italianos para o Brasil no período da grande emigração no final do século XIX e primeiros anos do século XX. Parrucchiere (corte e pintura de cabelo), lavagem de roupa, lavanderias, costura e restauração de roupas, construção civil (agrupando pai e/ou filho, bem como parentes), empresas associadas com italianos no ramo de telefonia, envio de dinheiro, internet, turismo no Brasil etc., são bem evidentes entre brasileiros e, muitas dessas atividades, justificam-se pela presença de membros da família em seu interior como trabalhadores e/ou como presença e reagrupamento da unidade. Essa realidade redefine ações que, com a fragmentação dos membros da família, dificultam sua viabilidade empreendedora, em geral, pela dispersão de recursos financeiros e pela necessidade de contratação de mão-de-obra externa

Concorrências e dificuldades
Conhecimento e capital social
Antídoto à subalternidade
Considerações finais
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call