Abstract

A epidemia HIV/AIDS caracteriza-se hoje, no Brasil, a partir de sua feminização, heterossexualização e pauperização. Análises de contextos sócio-culturais têm indicado que as maneiras como estes estão organizados exercem papel primordial na forma como a infecção é adquirida, entre aquelas pessoas neles inseridas. Em relação à infecção de mulheres, observa-se que o modo como o gênero feminino tem sido construído socialmente torna-se um facilitador para a maior vulnerabilidade das mulheres. Sugerir o uso do preservativo em relacionamentos estáveis ainda é uma prática pouco utilizada e o poder de negociação apresenta-se numa relação inversa ao grau de dependência da mulher. O ensaio traz uma série de reflexões a respeito da construção social do papel feminino e infecção pelo HIV. Toma como suporte as formulações teóricas propostas pelo modelo do Individualismo e Coletivismo, considerando-se a possibilidade das mulheres, culturalmente, terem um perfil com características mais coletivistas, especialmente, em relação à preservação da comunidade familiar, o que as torna mais vulneráveis à infecção.

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