Abstract

A literatura em Gramática de Construções Baseada no Uso – entendida aqui como a vertente cognitivo-funcional da Gramática de Construções – menciona três mecanismos possíveis para explicar como o falante evita a supergeneralização: o conhecimento gramatical, o enraizamento e o bloqueio estatístico. Este artigo busca avaliar a realidade psicológica de cada um desses mecanismos a partir da análise de uma construção específica do português brasileiro: a Construção de Complementação Sentencial (por exemplo, “Ela disse que sairia”). Após uma análise baseada em corpus, da qual derivamos três hipóteses relativas à representação mental da construção em pauta, relatamos um experimento de produção induzida. Os resultados confirmam a atuação de um mecanismo baseado em conhecimento gramaticale de um mecanismo baseado em conhecimento estatístico em termos de enraizamento. Por outro lado, não foi possível comprovar a atuação do bloqueio estatístico.

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