Abstract

Com base em uma concepção de leitura como prática social e inspirado em estudos de história cultural e teorias de letramento, este trabalho traz uma discussão sobre a relação de jovens estudantes de ensino médio, matriculados em uma escola pública federal, com as práticas de leitura – especialmente em relação aos dispositivos mais empregados para o porte e a leitura de textos. Para alcançar o objetivo de conhecer as práticas desse grupo de leitores, foram conduzidos dois grupos focais com estudantes de segundo e terceiro anos no ambiente escolar. Os debates foram gravados em áudio e posteriormente transcritos e analisados. Os resultados apontam para usos não excludentes e bastante diversificados dos livros multiplataforma, contradizendo um discurso polarizador que parece interessar mais à indústria e ao mercado do que ao próprio leitor.

Highlights

  • 3.Segundo Prensky (2001, p. 1, tradução nossa), os estudantes aos quais ele se refere “hoje”, isto é, em 2001, não mudaram apenas seus modos de falar ou vestir em relação a seus predecessores

  • Based on the concept of reading as social practice and inspired by cultural history studies and literacy theories, this work presents a discussion about reading practices of young high school students of a Brazilian public school, especially regarding the devices most used for carrying and reading texts

  • The results indicate non-exclusive and quite diversified uses of multiplatform books, contradicting a polarizing discourse that seems to be more interested in industry and the market than the people

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Summary

DISCURSOS E PONDERAÇÕES SOBRE LEITURA E LIVRO

O objetivo maior deste trabalho é tecer considerações sobre o modo como jovens estudantes de uma escola pública federal entretecem suas práticas de leitura, em ambientes digitais e impressos, incluindo os dispositivos que usam para isso, a partir de uma investigação que partiu da teoria e foi a campo – a sala de aula –, por meio de grupos focais, a fim de observar e ouvir esses participantes. Após essa robusta pesquisa com centenas de jovens universitários e o tratamento dos dados, o pesquisador conclui que “A aderência destes leitores à leitura em telas é baixa, embora utilizem essa modalidade de leitura”. Foi o que também apontou André Moraes, após seis anos de um estudo que objetivou conhecer as práticas de leitura de livros por parte de estudantes universitários a partir das indicações de vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). André Moraes descreveu uma “escolha ativa dos canais ou suportes por parte dos alunos” e admitiu que sua pesquisa, “apesar de atuar longitudinalmente acompanhando uma dimensão temporal, ajudou em primeiro lugar a compreender não o futuro do livro ou da leitura, mas o presente da Comunicação”. Uma melhor e mais aprofundada discussão sobre isso pode ser encontrada em Ribeiro, bastando aqui que tenhamos a clareza de incluir sob o nome de “livro” alguns materiais digitais

DESENHO DA PESQUISA
JOVENS ESTUDANTES
LIVROS IMPRESSOS E LIVROS DIGITAIS
Findings
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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