Abstract

Introdução: Os erros de prescrição são erros de medicação. A prevenção destes erros é um importante instrumento para a segurança das pacientes. Objetivos: Avaliar a frequência, os tipos, a gravidade dos erros de prescrição e a aceitação das intervenções farmacêuticas. Métodos: Estudo transversal, prospectivo e observacional, em unidade de internação obstétrica de alto risco, entre setembro de 2014 e março de 2015. As variáveis foram tipo de erro, significância clínica do erro de prescrição, classe terapêutica, medicamentos potencialmente perigosos envolvidos com erros, impacto e aceitação das intervenções. Resultados: Foram analisadas 1826 prescrições para 549 pacientes e identificados 130 erros (7,0%) de 101 pacientes (18,4%). Os erros mais frequentes foram interações medicamentosas (43,8%), frequência (21,5%), e dose incorreta (13,1%). O maior número de medicamentos em uma única prescrição foi o principal fator de risco relacionado aos erros (p<0.0001). Quanto à significância clínica do erro, 56,9% foram significantes e 43,1% foram sérios. Os medicamentos mais envolvidos nos erros foram metoclopramida e ranitidina. Apenas 0,4% dos erros estavam relacionados com medicamentos potencialmente perigosos. Foram realizadas 168 intervenções e 98,8% foram aceitas pelos prescritores. Os medicamentos envolvidos em erros sérios foram da classe terapêutica aparelho digestivo e metabolismo (p<0,0001), puérperas não lactantes apresentaram mais erros sérios (p<0,0001) devido à interação envolvendo a cabergolina com metoclopramida/bromoprida. Conclusões: Os principais tipos de erros de prescrição foram interações medicamentosas, frequência e dose incorretas. A taxa de aceitação das intervenções foi elevada contribuindo para prevenção de erros e reduzindo riscos da terapia medicamentosa.

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