Abstract

Objetivo: Avaliar a política nacional de segurança do paciente em hospitais de grande porte de Salvador. Método: Estudo de casos múltiplos em hospitais terciários. A coleta de dados ocorreu entre outubro de 2017 e outubro de 2018, com profissionais dos núcleos de segurança do paciente (NSP). Foram analisadas quatro variáveis independentes: constituição dos NSP; ações de planejamento do controle dos eventos adversos (EA); atividades técnico- -operacionais desenvolvidas pelos NSP; e ações de monitoramento dos EA no hospital. Resultados: Dos 20 NSP existentes, estudaram-se 12 (60%). Todos os hospitais possuem NSP constituídos, 91,7% têm plano de segurança do paciente, e 50% contam com profissional com dedicação exclusiva. Das instituições, 58,3% implementam todos os protocolos obrigatórios, sendo identificação do paciente (83,3%) e higienização das mãos (83,3%) os mais frequentes. Os percentuais de EA identificados foram: lesão por pressão (88,9%), queda do leito (77,8%) e erros de medicamentos (75,0%). Conclusão: Os EA aqui referidos sinalizam a necessidade de adequações em prol da segurança do paciente. Os NSP não atendem totalmente às políticas regulatórias vigentes no país, carecendo, portanto, de adequações e de controle sanitário efetivo.

Highlights

  • Quase todos os núcleos de segurança do paciente (NSP) (11/91,7%) contam com plano de segurança do paciente (PSP) específico para a instituição: de sete PSP (58,3%) constam estratégias para estimular a participação do paciente e dos familiares na assistência prestada; em nove PSP (75%) estão presentes estratégias para a promoção da segurança nas terapias nutricionais enteral e parenteral; e em dez (83,3%) há estratégias para promoção da segurança na prescrição, no uso e na administração de sangue e hemocomponentes

  • Os percentuais de eventos adversos (EA) encontrados pelos núcleos de segurança do paciente (NSP) dos hospitais pesquisados ratificam estudos anteriores que apontam que o Brasil possui uma das maiores frequências de EA evitáveis do mundo, sinalizando a necessidade de manutenção e intensificação dos processos de trabalho em prol da prevenção de erros em saúde, bem como a constituição de uma cultura de segurança nas organizações de saúde, principalmente nas mais complexas, como as deste trabalho

Read more

Summary

Estatística descritiva

% 91,7 83,3 41,7 41,7 41,7 33,3 33,3 33,3 25 25 25 16,7 8,3 66,7 DP 67,07 2,16 37,2. Essas instituições são majoritariamente destinadas à população adulta (11 casos/91,7%), pediátrica (oito/66,7%) e neonatológica (quatro/33,3%) e atendem a diversas especialidades médicas, destacando-se clínica médica (11/91,7%) e cirúrgica (10/83,3%), geral (cinco /41,7%), pediatria (cinco/41,7%) e ortopedia (cinco/41,7%). Na Tabela 2, descrevemos a estrutura organofuncional dos NSP dos hospitais estudados. Dos doze NSP dos hospitais estudados, nove (75%) têm uma sala exclusiva para o NSP e 11 deles (91,7%) contam com auxílio de computadores. A existência de um profissional responsável e com dedicação exclusiva para o NSP, conforme recomendado por normativa legal, foi identificada em apenas seis hospitais (50%). Quase todos os NSP (11/91,7%) contam com PSP específico para a instituição: de sete PSP (58,3%) constam estratégias para estimular a participação do paciente e dos familiares na assistência prestada; em nove PSP (75%) estão presentes estratégias para a promoção da segurança nas terapias nutricionais enteral e parenteral; e em dez (83,3%) há estratégias para promoção da segurança na prescrição, no uso e na administração de sangue e hemocomponentes. Estrutura organofuncional dos núcleos de segurança do paciente (NSP) dos hospitais estudados (n=12)*

NSP com outras inserções de caráter consultivo
Outros protocolos
Findings
Evento adverso n
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call