Abstract
Palms are considered key species in tropical forests and represent a source of food for the community of frugivores in times of scarcity. Palms have also been used as a model to investigate how the processes of dispersal and seed predation are affected by fragmentation and alteration of tropical forests. This study examines the dispersal and seed predation of Syagrus romanzoffiana in two insular environments of different sizes (1500 ha and 50 ha) and faunal compositions, both located in the Brazilian Atlantic rainforest in Santa Catarina State, Brazil. We recorded 13 species of animals considered consumers and dispersers of fruits and seeds of S. romanzoffiana at the larger study area (Peri Lagoon Municipal Park, Santa Catarina Island) and five species on Campeche Island. In these areas, the rates of dispersal were high (Peri 57.5% to 75.5% and Campeche 81.5% to 93.0%, based on the removal experiments). In the smaller area, despite the low faunal richness, the coatis (Nasua nasua), introduced in the island were important seed dispersers. Only in Peri occurred predation by rodents (rates of 4%) due to the presence of agoutis (Dasyprocta azarae) and there was no post-dispersal predation by insects. The greatest loss of seeds (52% in both locations, based on sampling of seeds accumulated under parent plants) were caused by predation of Revena rubiginosa (Coleoptera, Curculionidae), of which oviposition occurs in the pre-dispersal phase. Besides this factor, about 40% of the seeds showed up without endosperm. However, high seed production seems to compensate for these losses, with significant seedling stock of S. romanzoffiana in both areas. Palmeiras são consideradas espécies-chave em florestas tropicais representando fonte de alimento para a comunidade de frugívoros em épocas de escassez. Palmeiras também têm sido usadas como modelo de estudo na avaliação de como os processos de dispersão e predação de sementes são afetados pela fragmentação e alteração das florestas tropicais. Este estudo examina a dispersão e predação das sementes de Syagrus romanzoffiana em dois ambientes insulares de diferentes tamanhos (1500ha e 50ha) e composições faunísticas, ambos localizados em área de Mata Atlântica no Estado de Santa Catarina, Brasil. Foram registradas 13 espécies de animais considerados consumidores e dispersores dos frutos e sementes de S. romanzoffiana na maior área estudada (Parque Municipal da Lagoa do Peri, Ilha de Santa Catarina) e cinco espécies na Ilha do Campeche. Nestas áreas, as taxas de dispersão foram altas (Peri 57,5% a 75,5% e Campeche 81,5% a 93,0%, com base em experimentos de remoção). Na menor área, apesar da baixa riqueza faunística, os quatis (Nasua nasua), introduzidos nessa ilha, foram importantes dispersores das sementes. Somente ocorreu predação por roedores no Peri (taxas de 4%) devido à presença de cotias (Dasyprocta azarae) e não houve predação pós-dispersão causada por insetos. A maior perda de sementes (52% em ambas as localidades, com base em amostragem de sementes acumuladas sob plantas-mãe) foi causada por predação de larvas de Revena rubiginosa (Coleoptera, Curculionidae), cuja oviposição ocorre na fase de pré-dispersão. Além deste fator, cerca de 40% das sementes mostravam-se sem endosperma. Contudo, a alta produção de sementes parece compensar essas perdas, havendo expressivo estoque de plântulas de S. romanzoffiana em ambas as áreas.
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