Abstract
Laços históricos e culturais tornaram os portugueses o principal grupo de imigrantes que se fixaram no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro. Os estudos que já se dedicaram ao tema ressaltam variados aspectos: os estímulos à emigração, as estratégias de fixação e de reconstrução de identidades no novo país, as solidariedades e sociabilidades proporcionadas, as relações mantidas entre os dois lados do Atlântico etc. Um aspecto pouco analisado diz respeito aos processos de recepção desse grupo no Rio de Janeiro, em especial, sua presença na Hospedaria da Ilha das Flores, dispositivo criado em 1883, e que ocupou papel central nas ações de recepção de imigrantes das políticas imperial e republicana. Nesse sentido objetivamos analisar esses processos relacionando-o à Hospedaria da Ilha das Flores, na primeira década de funcionamento desta instituição, 1883-1892.
Highlights
Eric Hobsbawn atribuiu o excedente de força de trabalho à transformação da terra em mercadoria e às inovações tecnológicas na produção agrícola[9], pois, com o fim das áreas comunais muitos camponeses foram impedidos de ter acesso ao seu meio de produção
Historical and cultural ties have made the Portuguese the main group of immigrants who settled in Brazil, especially in Rio de Janeiro
An aspect that has not been analyzed is related to the reception processes of this group in Rio de Janeiro, especially its presence in the Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores, a device created in 1883, which played a central role in the reception of immigrants from the imperial and republican policies
Summary
A tabela 2 confirma os levantamentos já consolidados pela historiografia da imigração referentes aos principais grupos imigratórios que entraram no país no final do século XIX. Estão reunidos os dados referentes aos cinco principais grupos que mantiveram um fluxo regular e crescente de imigrantes aportando no Rio de Janeiro. Tabela 2 – Movimentação do Porto do Rio de Janeiro – por nacionalidade – entre 1884 e 189226. 26 Os anos de 1883 e 1889 foram excluídos das tabelas 2 e 4, porque os relatórios do Ministério da Agricultura referentes a estes anos não apresentam o movimento do Porto do Rio de Janeiro por nacionalidade; apenas o total de ingressantes. Consideramos que a exclusão dos dois anos não afeta as médias estatísticas e, consequentemente, os argumentos que defenderemos a seguir
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