Abstract

Resumo As práticas colaborativas docentes têm sido objeto de crescente atenção, particularmente quanto ao impacto na melhoria do desempenho profissional e da qualidade do ensino. O reordenamento da rede escolar, em Portugal, ocorrido há duas décadas, congregou os docentes dos primeiros níveis de educação (anteriormente lecionando estabelecimentos dispersos) em centros escolares. O presente artigo apresenta dados de um estudo de caso realizado em centros escolares portugueses, equacionando se essa agregação estaria a propiciar a observação de práticas entre docentes, o incremento de atitudes de diálogo e de colaboração, e quais as suas repercussões no desenvolvimento profissional docente. Foram realizadas quatro entrevistas em focus group englobando, na totalidade, vinte e oito docentes de educação pré-escolar e 1º ciclo do ensino básico 5, complementadas por sete entrevistas individuais. Como resultados principais, evidenciou-se o ônus da tradição de individualismo e confirmaram-se as mais-valias do reordenamento escolar. Com efeito, a agregação conduziu a reconfigurações nas interações, nas metodologias de trabalho e nas práticas curriculares dos docentes envolvidos. As conclusões apontam para a viabilidade do papel do centro escolar enquanto recurso formativo privilegiado de fácil acesso, relevando na melhoria do desempenho profissional. Foi reconhecida uma contribuição mais importante ao convívio e ao trabalho entre pares, em detrimento de formações institucionalizadas.

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