Abstract
Clarice Lispector (1920-1977), de formação universitária em Direito, proporciona em sua crônica Mineirinho um exemplo representativo de como seja possível articular as alternativas de expressão literária a partir de material de caráter jurídico. A abordagem jurisliterária desse texto, com emprego da perspectiva analítica do “narrativismo jurídico”, revela de que modo a construção de sentido no relato dos fatos é a “anormalidade da exceção”. A crônica Mineirinho é, mesmo assim, um espaço narrativo privilegiado para o exame do tipo de estratégia narrativa que converte o exercício de pensar a diferença no enlace de coerência do relato. Com tal propósito, a análise alvitra e desenvolve a ideia de “sair para o outro” como instância heteronômica que permite ser cada um outro para ser outro cada um. Por último, incorpora-se à reflexão a ideia jurídico-afetiva de compaixão, entendida como o que do outro me pertence porque me afeta, ou seja, o que me compromete com ele. Em adendo, figuram críticas ao Direito penal do inimigo e propõem-se estímulos intelectuais desde a cultura literária do Direito em matéria de Teoria dos Direitos.
Highlights
A lo que quiera que sea, se hace de modo gradual y penoso, atravesando incluso lo contrario de aquello a lo que uno se aproxima (Lispector, 2005a, p. 7)[2].
CULTURA JURÍDICA DE LA LITERATURA, Y LITERARIA DEL DERECHO Sobre la crónica que Lispector configuró en Mineirinho cabe registrar algunos – escasos – estudios literarios enfocados desde perspectiva jurídico-cultural (Machado, 1989; Waldman, 1992, 1993 e 2001; Rosenbaum, 2010; Cruz, 2010; Alves, 2013); es el tipo de análisis que llamo de ‘Cultura jurídica de la Literatura’.
Esa extrema violencia sobre Mineirinho nos interactúa en términos de compassio como entendimiento, y por ende desorganización, del estatus social, de donde también habrá de surgir otro imaginario.
Summary
A lo que quiera que sea, se hace de modo gradual y penoso, atravesando incluso lo contrario de aquello a lo que uno se aproxima (Lispector, 2005a, p. 7)[2]. CULTURA JURÍDICA DE LA LITERATURA, Y LITERARIA DEL DERECHO Sobre la crónica que Lispector configuró en Mineirinho cabe registrar algunos – escasos – estudios literarios enfocados desde perspectiva jurídico-cultural (Machado, 1989; Waldman, 1992, 1993 e 2001; Rosenbaum, 2010; Cruz, 2010; Alves, 2013); es el tipo de análisis que llamo de ‘Cultura jurídica de la Literatura’.
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