Abstract
A falta de conhecimento em saúde do trabalhador aliada ao exercício de práticas gerenciais não efetivas pode prejudicar a delimitação do perfil epidemiológico dos trabalhadores dificultando ações de prevenção e cuidado necessárias. Este artigo identificou as principais causas de afastamento de servidores das unidades acadêmicas/órgãos de uma Universidade Pública Federal no ano de 2017 e o conhecimento dos gestores destas unidades sobre saúde do trabalhador e suas práticas gerencias. Para obtenção dos dados sobre afastamentos buscou-se registros de prontuários e do módulo de perícia médica da saúde do servidor. Para identificar o conhecimento e as práticas gerenciais foi utilizado um questionário semiestruturado composto por 34 perguntas. Procedeu-se análise descritiva dos dados na forma de frequência absoluta e relativa. Participaram da pesquisa 37 gestores de unidades acadêmicas/órgãos, onde se identificou que 89,2% dos participantes não apresentava em sua formação nenhum curso de capacitação em gestão e 91,9%, em gestão da saúde do trabalhador o que pode impactar negativamente no exercício de práticas gerencias. A maioria dos afastamentos dos servidores esteve relacionado às doenças osteomusculares (15,4%) e transtornos mentais (12,6%). A capacitação dos gestores em saúde do trabalhador pode melhorar o conhecimento e favorecer a implementação de ações preventivas pela instituição.
Highlights
A Saúde do Trabalhador (ST) é uma área da Saúde Pública onde as relações trabalho saúde são objeto de estudo e intervenção
In order to obtain the data on departures, we searched for records of medical records and the medical expertise module of the server's health
A total of 37 managers of academic units / agencies participated in the study, where it was identified that 89.2% of the participants did not present any training courses in management and 91.9% in management of workers' health, which may negatively impact practice management practices
Summary
A Saúde do Trabalhador (ST) é uma área da Saúde Pública onde as relações trabalho saúde são objeto de estudo e intervenção. Conseguir identificar as principais causas de afastamentos dos servidores de cada local da instituição possibilita traçar seu perfil epidemiológico de adoecimento e contribui para o delineamento de ações em saúde. Um exemplo seria exigir dos TAEs a homologação de seus atestados no SIASS e não realizar a mesma exigência aos docentes – essas práticas podem trazer prejuízos para o conhecimento real de adoecimento desses servidores dificultando as ações de prevenção e cuidado necessárias. Os gestores geralmente são docentes e como difundidores do conhecimento podem contribuir com orientações aos seus servidores em assuntos relacionados à área da ST que serão convertidos em dados mensuráveis que subsidiarão a instituição (nela inserida o SIASS) no planejamento de ações de promoção e preservação da saúde de seus servidores Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor [SIASS] (2017). O estudo aqui apresentado buscou responder às seguintes perguntas: Quais as principais causas de afastamentos dos servidores registradas no SIASS no ano de 2017? O que os gestores de cada local da instituição conhecem a respeito de temas ligados à área ST? Quais as práticas gerenciais desses gestores em questões relacionadas à ST?
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